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Veja como as ondas cerebrais funcionam em diferentes situações

Independentemente de qual atividade estejamos realizando, é muito fácil perceber quando experimentamos os reflexos das ondas cerebrais. Alvo de inúmeros estudos ao longo da história da neurociência, a compreensão das ondas cerebrais é essencial para entender como o funcionamento do cérebro contribui para os estados da sua mente.

Isso porque as ondas cerebrais e nossa mente subconsciente desempenham um papel fundamental na compreensão de nossas emoções, como o objetivo de nos tornarmos mais felizes e resilientes.

Pensando nisso, resolvemos escrever este artigo, para que você conheça as frequências de ondas cerebrais e como elas afetam nosso estado de espírito e comportamento. Vamos lá?

O que são as ondas cerebrais e como atuam no dia a dia?

O cérebro tem bilhões de neurônios e cada um se conecta a milhares de outros. Tal comunicação é feita por meio de pequenas correntes elétricas que constituem redes de circuitos cerebrais. Quando todos esses neurônios são ativados, eles pulsam em sincronia, como se fosse um estádio de futebol lotado. Essa grande atividade elétrica resulta no que chamamos de “ondas cerebrais”.

Essa interação entre os neurônios gera um campo elétrico tão poderoso, que é possível ser amplificada e visualizada por meio de um exame chamado EEG (eletroencefalograma).

Tentando desvendar os fenômenos psíquicos, em 1924, o médico alemão Hans Berger realizou os primeiros EEGs em humanos e caracterizou padrões de ondas cerebrais. 

Alguns anos mais tarde, em 1929, seu trabalho “Über das Elektrenkephalogramm des Menschen” [Sobre o EEG em humanos] foi a primeira de 23 publicações sobre o assunto. Ali, ele descreveu um grande número de fenômenos registrados no EEG, considerados normais e anormais, como foco, atenção, esforço mental e, até mesmo, alterações à lesão cerebral. 

Quais os diferentes tipos de onda cerebral?

As ondas cerebrais geram inúmeras quantidades de repetições, as quais são chamadas de ciclos (medidos como Hertz, ou Hz). Em cada conjunto de ciclos há oscilações padrão, que foram designadas por 5 letras gregas, cada ― alfa, beta, gama, delta e theta. 

Como você vai ver a seguir, esses diferentes tipos de ondas cerebrais correspondem a diversos estados de pensamento ou experiência. Por isso, uma das formas de análise das oscilações cerebrais é justamente baseada nessas 5 categorias.

Confira, agora, quais são os tipos de ondas cerebrais humanas.

Delta (1 a 3 Hz)

As ondas Delta são as de maior amplitude e estão relacionadas ao sono profundo. São muito comuns em bebês e crianças pequenas, porém, conforme ficamos mais velhos, acabamos produzindo menos dessas ondas cerebrais. O motivo é porque nosso sono e capacidade de relaxar pioram, gradualmente, ao longo dos anos.

Em geral, as ondas Delta estão relacionadas às atividades corporais inconscientes, como a regulação da frequência cardíaca e o processo de digestão.

Quando as ondas Delta aparecerem em picos muito altos, isso pode ser indicativo de uma lesão cerebral, dificuldades de aprendizagem ou mesmo TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade) grave. Já, se a curva aparecer muito profunda, isso pode indicar um sono ruim.

Se as ondas Delta estiverem em um nível saudável, isso é positivo para o sistema imunológico, o sono e o aprendizado.

Theta (3,5 a 8 Hz)

As ondas Theta estão principalmente relacionadas à imaginação, reflexão e ao sono. Costumam ser mais ativas quando experimentamos emoções muito profundas. Um exemplo disso é ao fim de algum esforço ou tarefa que exigiu muita energia. Depois desse momento de alto empenho, quando relaxamos e deixamos nossa imaginação fluir, as ondas Theta assumem o controle em nosso cérebro.

Pessoas que sofrem de algum transtorno depressivo ou falta de atenção podem ter um pico elevado de ondas Theta. A baixa frequência, por sua vez, corresponde a ansiedade, estresse e baixa autoconsciência emocional.

Manter as ondas Delta em um nível saudável é bom para criatividade, conexão emocional e intuição.

Alfa (8 a 13 Hz)

A faixa de frequência Alfa preenche a lacuna entre nosso pensamento consciente e a mente subconsciente. Ajuda-nos a acalmar quando necessário e promove sentimentos de relaxamento profundo ― é onde está o estado meditativo. 

Se ficarmos estressados, pode ocorrer um fenômeno chamado “bloqueio alfa”. Essencialmente, as ondas Beta, que você verá a seguir, “bloqueiam” a produção de Alfa porque nos tornamos muito excitados.

Quando as ondas Alfa estão altas demais, o resultado é sonhar acordado, baixa concentração e ter forte relaxamento. Se estiverem baixas, ocorre o oposto: ansiedade, alto estresse, insônia e/ou transtorno obsessivo-compulsivo.

Beta (12 a 33 Hz)

Essas ondas cerebrais Beta são conhecidas como de alta amplitude e baixa frequência, as quais são observadas enquanto estamos acordados. Muito rápidas, aparecem quando precisamos completar tarefas conscientes, tais como: pensamento crítico, escrita, leitura e socialização. 

O excesso de ondas Beta pode nos levar a um estresse excessivo e/ou ansiedade, pois as frequências Beta mais altas estão associadas a altos níveis de excitação. Quando estão muito baixas, acontece também o oposto ― TDAH, sonhar acordado, depressão e/ou cognição fraca.

Ter a quantidade certa de ondas Beta nos permite concentrar e concluir tarefas escolares ou baseadas no trabalho com facilidade. 

Gama (25 a 100 Hz)

A frequência das ondas Gama é muito alta. Originam-se no tálamo e se movem da parte de trás do cérebro para a frente com uma velocidade incrível. Até pouco tempo, os neurocientistas sabiam muito pouco sobre elas. Além disso, é muito difícil captá-las em um EEG. 

Sabe-se que as ondas Gama estão associadas a tarefas de processamento cognitivo de alto nível. Estão relacionadas ao nosso estilo de aprendizado, à capacidade de receber novas informações, bem como a nossos sentidos e percepções.

Pessoas com problemas mentais ou dificuldades de aprendizado tendem a ter menos da metade da atividade habitual de ondas Gama. Já os altos picos de ondas Gama são vistos durante estados de felicidade. A fase do sono REM (Rapid Eyes Moviment ― Movimento Rápido dos Olhos) também tende a ser caracterizada por altos níveis de atividade nessa faixa de frequência.

Como as ondas cerebrais se comportam em processos mentais?

Como você pôde perceber, conforme a frequência das ondas cerebrais, vivemos diferentes estados mentais ― da extrema excitação ao profundo relaxamento, o que pode ser ocasionado por processos e sentimentos bons ou ruins. Em cada uma delas, existe uma frequência ideal, a qual pode ser benéfica e evitar uma série de transtornos. 

Para que você entenda essa diferença, vejamos algumas situações práticas. Na sua consciência normal, você está no estado Beta. Neste estado, você está totalmente desperto e alerta. Por outro lado, permanecer muito tempo em Beta pode levar a excesso de estresse e ansiedade.

Já pessoas praticantes de meditação estão em alto ritmo Alfa, que é associado ao foco extremo, relaxamento, aprendizado, criatividade e desempenho de pico. Como a frequência Alfa é mais lenta, também está associada ao estado de transe ou hipnose. Na transição entre chegada e saída do sono profundo, por sua vez, passamos pela frequência Theta. 

Quando as ondas cerebrais apresentam atividade intensa ou muito baixa, isso pode denotar alguma insalubridade. Contudo, é possível treinar sua mente para controlar seu estado emocional e manter as ondas cerebrais em equilíbrio. 

Por esse motivo, conhecer os diferentes processos mentais que resultam nas frequências das ondas cerebrais é fundamental para manter a saúde e o equilíbrio psíquico. Não é à toa que as técnicas de meditação, programação neurolinguística e mindfulness crescem a cada dia.

Ao aprender a treinar sua mente para se concentrar em um certo estímulo das ondas cerebrais, é possível amplificar os pensamentos positivos e diminuir os negativos. Por si só, isso é um grande benefício para você mudar a forma como vê e interage com o mundo, além de aumentar sua capacidade cognitiva e a melhorar sensivelmente suas relações interpessoais.

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