A comunicação não agressiva é considerada um dos principais problemas em relacionamentos, seja no trabalho, seja em casa, com amigos e familiares. Muitas vezes, as pessoas podem associar a palavra “agressividade” a aspectos físicos.
No entanto, é preciso considerar que o modo como você fala, aborda determinados assuntos e dá o feedback para seu colega de trabalho, por exemplo, pode impactar bastante o desenvolvimento de aspectos emocionais e, até mesmo, a habilidade de técnicas no dia a dia da empresa.
Pensando nesses aspectos, desenvolvemos este artigo para que você entenda os pilares da comunicação não agressiva e os motivos pelos quais ela deve ser bem desenvolvida. Boa leitura!

Quais os pilares da comunicação não agressiva?

Ao entender o que é esse tipo de comunicação, é necessário compreender seus pilares: observação, sentimento, necessidade e pedido. Veja mais sobre eles a seguir!

Observação

Observar o seu dia a dia e o modo como você se comunica é a primeira etapa da comunicação não agressiva. É preciso entender como você reage às críticas e como aborda o seu colega de trabalho para dar um feedback não muito positivo, além de compreender de que jeito você trata as situações contínuas da sua família.
Imagine só a seguinte situação: você chega à sua casa e recebe uma crítica sobre a atenção que tem dado às pessoas à sua volta, bem aquém devido ao cotidiano conturbado do emprego. É necessário que você observe o que foi dito sem julgamentos, analise a situação e entenda que realmente pode ter dedicado um tempo muito maior ao trabalho do que à rotina familiar.

Sentimento

Diretamente ligado ao tópico anterior. Qual o sentimento despertado em você sobre o comentário feito por alguém de sua família? Tristeza? Raiva? Angústia? Inspiração para mudar esse quadro?
Entendê-lo é extremamente importante para desenvolver a comunicação não agressiva, pois, assim, você identifica que algo está errado e que precisa de ações concretas para aplicar mudanças.

Necessidade

Nesse estágio, podemos identificar o que motiva nossas ações. Vamos nos embasar no exemplo abordado: ao escutar que a atenção dada à família não está sendo suficiente, você ficou extremamente irritado e explanou esse sentimento com um grito. O que o levou a agir dessa maneira? Ao responder esse questionamento, é possível compreender as necessidades que precisam ser atendidas.

Pedido

A partir das nossas necessidades, é possível formular pedidos que sejam claros. Em vez de gritar devido ao seu sentimento, explique sobre a sua situação. Não fale “eu estou cansado disso tudo”, mas, sim: “estou em uma rotina mais corrida nos últimos dias por um período passageiro, é a atual fase da empresa”.
No entanto, avalie o que realmente pode ser feito ao receber feedbacks, pois eles são extremamente importantes para o crescimento pessoal e profissional. Em nosso exemplo, abordamos uma situação hipotética de uma rotina familiar, mas as críticas construtivas também são oferecidas no ambiente de trabalho.
É preciso que os dois lados da conversa entendam perfeitamente o motivo daquele momento e saiam dali com a compreensão de que os pedidos serão analisados para desenvolver o objetivo proposto.

Como desenvolver a comunicação não agressiva?

Agora que você já entende sobre os pilares da comunicação não agressiva, vamos explicar dicas de como é possível desenvolvê-la!

Pratique o autoconhecimento

Conhecer-se é o primeiro passo para desenvolver a comunicação não agressiva. É preciso que você faça uma autoavaliação para entender como reage a determinadas situações. Feedbacks o deixam irritado? Com um sentimento misto de tristeza e vontade de melhorar determinados pontos?
Compreender o que você sente é essencial, pois, assim, consegue praticar empatia consigo mesmo. Essa necessidade vem do fato de você estabelecer estratégias para lidar com esses momentos antes mesmo que eles aconteçam.
Sendo assim, ao receber uma crítica, você terá um autoconhecimento para analisar a situação e entender no que pode melhorar por ter recebido aquele retorno.

Comece a treinar a comunicação não agressiva

Ao compreender seus sentimentos, ter um autoconhecimento sobre o que mais o aflige e saber perfeitamente o que é uma comunicação não agressiva, é preciso começar a praticá-la. Em vez de o início ser com pessoas do seu círculo de amizade, treine com pessoas que não conhecem o seu “eu” anterior. Você se sentirá mais confortável, uma vez que elas não notarão mudanças na sua forma de agir e, consequentemente, não entrarão nesse assunto.
No entanto, para que essa tarefa seja efetiva, é preciso que seus colegas de trabalho, por exemplo, também concordem em praticar a comunicação não agressiva. Assim, você não reagirá de maneira negativa caso eles não sejam recíprocos à sua atitude.
Isso porque quando alguém se comunica de forma agressiva, julgando as suas atitudes e o seu modo de falar, o contra-ataque pode ser uma consequência imediata. Dessa forma, converse com sua equipe para que o seu objetivo seja alcançado.

Qual a ligação da comunicação não agressiva com a empatia?

A comunicação não agressiva está diretamente ligada com a empatia, tanto com os outros quanto consigo mesmo. Isso porque a empatia é a capacidade de se colocar no lugar do próximo e entender os seus sentimentos. Sendo assim, você compreenderá o que a pessoa está passando naquele momento e, caso ela seja agressiva, não retribuirá a colocação.
Como dito, entender-se também é um passo importante para desenvolver esse tipo de comunicação. Você terá empatia consigo mesmo para compreender quais são seus principais sentimentos e permitir-se entrar em contato com algo negativo para tomar decisões coerentes, maduras e corretas quando sentir que o seu modo de se colocar poderá ser violento.
Desenvolver a empatia ainda contribui para melhorar suas relações pessoais e profissionais e para aprimorar seu dia a dia na empresa, em família e com amigos.
Ao ler este conteúdo, você pôde entender o que é a comunicação não agressiva, quais são seus 4 pilares principais e como é possível desenvolvê-la. O autoconhecimento é, acima de tudo, imprescindível para essa transformação, pois contribuirá para que você entenda as situações que mais lhe tiram do eixo e possa se comunicar de maneira que os seus argumentos serão explanados de forma correta e segura.
Conhece outra prática que possa auxiliar na comunicação não agressiva? Deixe seu comentário no post!